ANAXIMANDRO OLIVEIRA SANTOS AMORIM

-Alô!
-Quem fala?
-Meu nome é Anaximandro Amorim, gostaria de falar com d. Thelma Azevedo.
-É ela.
-Gostaria de marcar uma entrevista com a senhora sobre o seu site poetas capixabas para o meu programa no Canal DTV.
Assim teve início minha amizade com o Anax. Meu site, http://www.poetas.capixabas.nom.br/ estava na Internet há poucos meses. Ele o havia visto e queria me conhecer, fazer uma entrevista.
Combinamos um dia e ele veio ao meu apartamento. Com câmera e microfone, luzes, etc. etc... mas constatou que não iria conseguir uma boa imagem. Marcou, então, para que eu fosse ao estúdio da TV. Lá, conseguimos gravar a entrevista, para o programa "Jovens Escritores".
Achei graça e disse: "eu não me encaixo, minha juventude há muito já ficou para trás..."
Mesmo assim, ele quis a entrevista.  Portanto, estou naquele acervo das cento e tantas que ele fez, em dois anos de programa no ar.
Digo sempre que além do prazer de divulgar os poetas de nossa terra, outra coisa maravilhosa que o site me deu foi a oportunidade de conhecer pessoas muito especiais. Fazer grandes amigos, incentivadores do meu modesto trabalho.
Foi o Anax que colocou fé quando me candidatei a uma vaga na Academia Feminina Espírito-santense de Letras. E quem primeiro trouxe a notícia de que meu nome havia sido escolhido para ocupar a vaga deixada por Margarida Reimão, na cadeira n. 30, cuja patrona é Carmélia Maria de Souza. Tomei posse no dia 14 de dezembro, por coincidência,  aniversário dele.
Já lá vão vários anos durante os quais nossa amizade só cresceu e se consolidou. Fiquei conhecendo seus pais, seu irmão. Como a fruta não cai longe do pé, já dizia minha avó, entendi o porquê do Anax ser um jovem tão bem educado, gentil, cavalheiro, possuidor de valores que, infelizmente, não são fáceis de se encontrar na mocidade de hoje.
De lá para cá, acompanho suas vitórias, suas conquistas. Ouvi a palestra que proferiu para a turma de Comunicação e Publicidade, do prof. Fábio Flores, na FAESA, sobre a história da literatura que se faz no Espírito Santo. Conheci seu poder de oratória.
Também sofri e rezei durante os meses em que lutou pela vida, vítima que foi de um horrível acidente automobilístico, há um ano atrás.
Mas ele aí está, graças a Deus, "ressuscitado", prosseguindo na conquista de novos objetivos.
Eu costumava brincar com ele dizendo que não queria morrer antes de vê-lo na Academia Espírito-santense de Letras.
Ontem, comovida, assisti  a sua posse,  recepcionado por sua ex-professora e agora colega Jô Drumond, que nos contou de sua infância de menino precoce, inteligente e sempre motivo de alegria e orgulho, não só para seus familiares, mas também para os amigos e amigas que também o amam.
Lançou também o livro "A história de um sobrevivente", em que conta a terrível experiência pela qual passou.
Anax terá, tenho certeza, uma carreira brilhante não só na AEL, mas em todos os seus projetos de vida. Que Deus o ilumine e abençoe sempre.
Parabéns, querido amigo! E como ele mesmo diz, meu "neto literário"... Estarei sempre torcendo por você!