17 de agosto de 2010

OLIMPÍADAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Rcebi de meu amigo querido Edson Lobo Teixeira (aliás, ele o faz sempre) um exemplar do jornal "A Ordem", datado de 31 de julho último. E me deparei com uma noticia que me encheu de alegria. Diz a nota:

"Houve, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Manoel Franco, a culminância de uma das etapas das Olimpíadas de Língua Portuguesa, em que os alunos do qunto ano (4a. série do ensino fundamental) realizaram um profícuo trabalho sobre os POETAS CALÇADENSES e, o que é mais espetacular, se interessaram pela arte de fazer versos.
Numa sala preparada com fotos da nossa cidade e com livros de escritores calçadenses, as professoras Denise e Cristiane Lima conduziram seus alunos num momento de lúdica aprendizagem, quando eles interagiram com os poetas Edson Lobo Teixeira e Verconda Espadarotte Bullus. Os alunos fizeram perguntas, leram poemas e demonstraram uma enorme capacidade para versejar. A supervisora Rose Barroso e a diretora Creuza Maria dos Santos Lopes participaram daquele momento com incontida alegria e entusiasmo, deixando transparecer o orgulho de ver suas crianças tão bem entrosadas com a arte literária.
Como Calçado é berço de grandes talentos, com certeza, daí sairão novos artistas. De parabéns estão todos os engajados nesse projeto de levar aos pequeninos o amor por meio da arte".

Eu daqui de Vitória também dou os parabéns ao corpo docente da Escola Municipal Manoel Franco pela iniciativa. Despertar o amor à poesia já na adolescência é uma maravilha. Não fico surpresa, não. São José do Calçado se destaca sempre por projetos ligados à arte. PARABÉNS, calçadenses!

15 de agosto de 2010

QUERENDO AJUDA!

Estou precisando que parentes de HALZA FRAGA RAMALHETE e de LÉA MANHÃES DE PENEDO entrem em contato comigo. A Academia Feminina Espírito-santense de Letras está organizando as pastas das patronas e suas atuais ocupantes para a publicação de um livro "Patronas & Acadêmicas", com o patrocínio da Lei Rubem Braga. Para tanto precisamos completar as referidas pastas, com fotos, alguma coisa escrita por elas, seja em jornais (artigos, crônicas, poemas, ensaios, etc). Por favor, atendam a este pedido! Obrigada desde já.

14 de agosto de 2010

ESPAÇO ALEGRIA

Se você precisa de um local bem legal para fazer a festa de seu filho ou de seu netinho, faça uma visita ao "Espaço Alegria", localizado a rua Arnaldo Magalhães Filho, n.301, em Santa Lúcia, Vitória - Espírito Santo. Fica perto do Centro de Convenções. O telefone é 3235-7274, você pode combinar uma visita para conhecer as instalações. Tenho certeza de que gostará.
"Com o conceito de que toda festa é um sonho realizado, o Espaço Alegria procura a excelência de qualidade em tudo que oferece. Desde sua moderna estrutura, completa e com ótima localização, até sua equipe, totalmente treinada e escolhida a dedo.
Atendem a todos os tipos de festas e decorações, sem falar no buffet variado e completo.
Sabendo que seus filhos são o motivo do seu sucesso, o Espaço Alegria deseja sempre o melhor para eles e para vocês, pais e avós.
Sob nova direção o Espaço Alegria está renovado e com uma estrutura ainda melhor! Entrem em contato, agende uma visita e faça a sua festa no Espaço Alegria!"

LANÇAMENTO DE LIVRO

O poeta Wilbett Oliveira lançou, na Biblioteca Pública Estadual do Espírito Santo, dia 10 último, o seu livro "GRIS". A acadêmica Karina Fleury fez uma apresentação do autor, resumindo sua história e suas obras e, particularmente, analisando este seu mais recente trabalho. Parabéns ao Wilbett!

A LISTA

Outro dia assisti a uma entrevista com o compositor e cantor Oswaldo Montenegro. Dentre outras coisas, ele disse que ouvindo "A Lista" em um programa de rádio, já sendo divulgada, a achou horrivel, uma das piores coisas que fez. Não a música, mas sim a letra. E eu que gosto muito dela, fiquei admirada. Acho que ela contém muitas verdades... Para quem não conhece, aí vai a letra:

"Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu conservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

E, no "bate-bola" com o entrevistador, ao lhe pedir uma frase, ele disse:
"Não viva a vida como se fosse um rascunho, você pode não ter tempo de passá-la a limpo"...

10 de agosto de 2010

ORMINDA ESCOBAR GOMES

A Academia Feminina Espírito-santense de Letras está precisando de que alguém, descendente ou parente da ilustre professora Orminda Escobar Gomes patrona da cadeira n. 09 da referida AFESL e que possua uma foto dela, nos envie uma cópia. Pode ser preto e branco, não importa. Estamos organizando uma Antologia com todas as 40 patronas e atuais ocupantes da AFESL e precisamos, com urgência, da ajuda de quem nos possa enviar esta foto. Também do arquivo da Escola de primeiro grau que leva o nome dela, se tiver alguma foto, agradeceríamos a ajuda nos enviando para o e-mail  tazevedo.vix@terra.com.br. Obrigada desde já.

7 de agosto de 2010

LANÇAMENTO DE LIVRO

O escritor J.B. Barone  convida para o lançamento de seu décimo sexto livro, "BRISA", dia 26 de setembro próximo, às 18:30 horas, a realizar-se no Clube Recreativo Ribanense, no município de Rio Bananal, no Estado do Espírito Santo. Desejamos ao Barone muito sucesso no lançamento desta sua obra. Parabéns!

5 de agosto de 2010

ENSAIOS DE LEITURA E LITERATURA INFANTOJUVENIL, MAIS UM POUQUINHO...

Continuando a leitura de "Ensaios de Leitura e Literatura Infantojuvenil", de Francisco Aurélio Ribeiro vi despertar em mim muitas lembranças. Faz uma referência ao "antológico conto de Eça de Queiroz, O Suave Milagre".
E eu, novamente, viajei para o passado...Mas a velhice é sempre voltar ao que já se viveu.
Lembro-me  do professor Geraldo Costa Alves organizando uma comemoração de Natal, com suas alunas do Ginásio "Maria Ortiz", antes do encerramento do ano letivo. Reuniu um grupo de meninas e leu para elas o conto do escritor português.
À medida que lia, "traduzia" as palavras das quais desconheciamos o significado. Afinal, o português de lá difere do português de cá...
Tudo entendido, dividiu o conto em pedaços entregando-os a cada uma das meninas. Seria um jogral recitado. Ensaiamos várias vezes para que a apresentação ficasse bem bonita. Tínhamos que estar bem seguras, ter entendido bem o sentido do texto, para que nossa platéia se encantasse com a beleza do que o escritor escrevera.
Não lembro se isto ocorreu na primeira ou na segunda série do curso ginasial. Mas o conto teve o dom de me encantar, me comover.
A parte que me tocou, de ínício, foi o final do conto. Todavia, o professsor Geraldo teve que alterar a ordem das apresentadoras...Eu simplesmente não conseguia dizer o final do conto. A voz fraquejava, as lágrimas me corriam rosto abaixo...
O Suave Milagre  ficou guardado na minha memória. Entretanto, esqueci o nome do autor.
Conheci Renato Pacheco quando éramos vizinhos. Bem, não propriamente vizinhos. Ele residia na rua Sete de Setembro. Eu, no início do morro da Piedade. Contudo, Renato sempre foi uma pessoa simples, tratava a todos de modo igual, quando a ele recorriam atrás de uma explicação, de eliminar alguma dúvida sobre este ou aquele assunto envolvendo livros, autores, etc.
Eu recorri a ele muitas e muitas vezes. Ficava maravilhada com seus conhecimentos e como sempre arranjava um tempo para explicar o que muitas vezes eu não entendia.
O tempo passou...
Um dia, lendo não sei aonde uma referência ao Suave Milagre, sem a citação do seu autor, me esforcei para lembrar quem o escrevera. Não consegui.
Recorri ao Renato, verdadeira enciclopédia viva. Prontamente me disse não só o nome do autor como onde eu encontraria o conto.
Foi um reencontro feliz com meus dias de ginasiana. Quando se chega à velhice, são muitas as lembranças que temos guardadas, que ficam adormecidas nas gavetas de nossa memória. E aí vem alguém, como Francisco Aurélio e desengaveta uma lembrança aqui, outra ali. São pedaços de nossa história de vida. Coisas boas que dão prazer em revivê-las. Lembranças de fatos, de professores, de amigos queridos que já não estão mais entre nós, mas que foram muito importantes na nossa trajetória de vida. Outros amigos vão  chegando à nossa caminhada, todos com sua importância, mas é bom não esquecer aqueles que já fizeram parte de nossas vidas. 

2 de agosto de 2010

DEBATEPAPO COM FRANCISCO AURÉLIO E JÔ DRUMOND

Ao começar a ler "Ensaios de Leitura e Literatura Infantojuvenil", de Francisco Aurélio Ribeiro, logo em suas primeiras páginas ao se referir ao livro "Instrução Moral e Cívica" de Gaspar de Freitas, ele me remetei a um túnel do tempo...
Aos meus primeiros anos como aluna do Grupo Escolar "Irmã Maria Horta", quando este ainda ocupava o prédio da rua Afonso Cláudio, na esquina fronteira à  casinha de meus pais.  Eu estudei Geografia do Brasil no livro escrito por Gaspar de Freitas. Ele não possuía uma única fotografia, sequer um desenho  de nenhum dos acidentes geográficos alí ensinados.
Apenas textos. Que decorávamos. Aprendiamos, por exemplo, "ilha era uma porção de terra cercada por água por todos os lados". Minha querida professora Universina Nascimento anunciava: "Hoje vamos estudar o rio Amazonas!"
E com sua varinha ia tocando na aluna que deveria ir iniciar o assunto. Aí entrava o Gaspar de Freitas.
A aluna iniciava: "O rio Amazonas nasce nos Andes, no planalto de La Raia, nos confins meridionais do Peru, corre a princípio de sul para a norte e depois de leste para oeste..."
Nunca esqueci deste inicio do texto e olhe que já lá vão mais de sete décadas...
D. Universina a mandava sentar e dizia: "A próxima!" E a aluna seguia repetindo os ensinamentos de Gaspar de Freitas. Até que se chegava aos afluentes do rio Amazonas. "Diga os da margem direita!"
E a aluna ia dizendo os nomes, partindo da nascente até a foz. Sem titubiar. E ai de quem pulasse ou invertesse a ordem dos ditos afluentes!
Lembro-me de que eu não fazia a menor idéia do que eram "confins" nem "meridicionais".  Mas como nunca esqueci este início do texto, acho que eu gostava mesmo era da sonoridade dos vocábulos...
Já ginasiana, tive acesso aos primeiros livros de Geografia ilustrados. Que maravilha! Foi quando vi, com todos os detalhes, entre outros, como eram os vulcões. De como são formados. As fotos dos mais famosos que existem no mundo, dos que já provocaram grandes tragédias, como o Vesúvio e tantos outros. Aqueles que já encerram suas atividades e que são considerados extintos. Ou apenas adormecidos?
Fiz uma viagem ao passado, levada pelo livro de Francisco Aurélio.
No Debatepapo com a Jô Drumond, falou de sua obra infantojuvenil. Nos disse que as histórias contadas em seus livros infantojuvenis basicamente são aquelas que ouviu de alguém e por ele reproduzidas com  a arte de sua criatividade. Nos contou que em sua casa não havia livros.
Eu lembrei que na minha, também não. Porém, eu sempre gostei muito, muito de ler.
Minha mãe costurava para as filhas do casal . Nicanor e Maria Paiva. Uma vez, ao levar o produto de seu trabalho, falou para a d. Maria que também tinha uma filha, quase da mesma idade das filhas dela.
Ela, muito delicada, pediu que minha mãe me levasse, numa próxima vez.
Esta visita mudou minha vida. Sabendo que eu gostava de ler levou-me para conhecer sua biblioteca. A casa do casal, um sobrado, tinha aposentos com um fantástico pé direito. O que senti ao me ver naquele enorme aposento, com prateleiras que iam até o teto, repletas de livros, me tirou a fala. Foi um deslumbramento. Para aquela menina de oito ou nove anos, parecia impossível alguém poder ter tantos e tantos livros...
Dali para a frente, d. Maria passou a me emprestar alguns. Mas a minha, ao contrário da mãe de Marguerite Duras, esteve sempre muito atenta ao que eu lia. Deveria ser sempre leitura apropriada para a minha idade e compreensão. Lí toda a coleção do Tesouro da Juventude. Que horas maravilhosas passei lendo um a um todos os volumes. Quando eu voltava para devolver o livro que havia lido, d. Maria sempre queria saber o que eu tinha aprendido, do que mais gostara e porque. Sem talvez ter esta intenção, foi uma incentivadora do meu poder de crítica. No início, menina tímida, era difícil verbalizar o meu "parecer" sobre o que havia lido. Com o tempo, fui me soltando e já debatia com entusiasmo o que havia achado do livro, dos personagens, da trama urdida pelo autor(a).
Li Monteiro Lobato. Viajei com a Emília e seu pó de pirlim-pim-pim..
Li Machado de Assis, José de Alencar, Humberto de Campos, Érico Veríssimo... Juntamente com Tarzam, o rei dos macacos.
Já adolescente, mudamos para a cidade, indo residir no alto da rua Sete de Setembro, interrompendo esta boa fase de minha vida. A cidade ficava muito longe da praia do canto... Levava-se uma hora viajando de bonde...
Começando a trabalhar, sempre reservava um dinheirinho para comprar um livro.
Comprei aquelas publicações da revista "Seleções", quatro livros condensados em um só volume.
Francisco Aurélio diz que a escola não tem conseguido criar o gosto pela leitura entre os alunos, como se desejaria. Infelizmente. "Ler é ver o mundo e, mais do que isso, uma forma de reescrevê-lo, segundo o mestre Paulo Freire".
Foi uma noite muito feliz, parabéns aos debatedores e organizadores do DEBATEPAPO.
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